segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O que é Intercambio?

Em geral, as pessoas já ouviram falar sobre intercâmbio. Mas será que todos sabem ao certo o que significa? Essa palavra é bem abrangente, mas tem um significado simples: troca. 
Pode ser uma troca de experiências, troca cultural, troca comercial, ou seja, pode ter uma infinidade de sentidos. Porém, segundo o dicionário, o termo engloba relações comerciais ou culturais entre nações. 
De acordo com a gerente de marketing da STB, Claudia Martins, intercâmbio é um termo utilizado já há várias décadas, principalmente depois dos anos de 1940. "Utilizado para descrever uma pessoa que vai estudar por um período em outro país. Mas levando sempre em consideração que o ponto principal é aprimorar as relações com outros povos, outras culturas e melhorar a compreensão entre os povos de vários países", afirma. 
O mercado 
Fazer um intercâmbio hoje é uma alternativa conveniente para quem quer aperfeiçoar uma língua, crescer profissionalmente e pessoalmente. Com isso, o número de estudantes que investem nessa alternativa é crescente. 
Segundo os dados fornecidos pela Belta (Brazilian Educational & Language Travel Association - associação de agências de intercâmbio), no ano de 2004, aproximadamente 42 mil brasileiros, na faixa de 18 a 30 anos, optaram por essa iniciativa, ante 35 mil em 2003. 
A expectativa, de acordo com a diretora de operações da Belta, Maura Leão, é de que o ano de 2005 seja de crescimento. "Houve uma mudança no mercado internacional em 2001, com o atentado nos Estados Unidos. Em 2002 o mercado ainda ficou muito sensível. O ano de 2003 foi muito difícil para o Brasil, por causa da mudança presidencial. Mas em 2004, essa área teve uma recuperação, houve uma retomada nesse mercado e o número de pessoas que procuram o intercâmbio voltou a aumentar. Contudo, espera-se um grande aumento nesse ano", conta. 
Maura explica que o aumento pela procura de intercâmbio está acontecendo devido à percepção que os estudantes vem tendo sobre tal experiência. "As pessoas estão entendendo a necessidade de se fazer um programa no exterior. Eles sabem que isso serve para uma especialização profissional, ou até pra se posicionar melhor no mercado". Ela também afirma que a desvalorização do dólar também contribui para o crescimento da internacionalização. 
Programas de intercâmbio nas universidades 
Muitas são as universidades brasileiras, particulares e públicas, que possuem convênios com instituições estrangeiras, para proporcionar a seus alunos a oportunidade de cursarem uma parte de seus estudos no exterior. 
Os departamentos de Cooperação Internacional das instituições desenvolvem parcerias com universidades em diversos paises e divulgam as oportunidades de intercâmbio aos seus alunos. "Nós não temos o interesse comercial que tem uma agência de intercâmbio. Nosso interesse é acadêmico. Objetivamos o desenvolvimento do nosso aluno", conta a gerente de relações internacionais e nacionais da Unisinos, Miriam Silveira Mylius. 
Praticamente todas as universidades que possuem esses convênios trabalham de maneira parecida. Esses acordos funcionam como uma troca, ou seja, as instituições mandam estudantes para o exterior, no período de seis meses a um ano, mas, ao mesmo tempo, recebem alunos estrangeiros. Porém ambos ficam isentos da taxa universitária no país que visitam, que muitas vezes é o mais caro de um intercâmbio. O usual é que o aluno siga pagando mensalidades no período em que está no exterior em sua própria universidade de origem, se este for o caso.
Tanto nas universidades particulares como nas públicas, o intercambista é responsável por todas as despesas da viagem - passagem, hospedagem, alimentação, visto e seguro de vida. O que diferencia é que os alunos das particulares permanecem pagando a mensalidade da sua instituição de origem no período da viagem. Há algumas exceções também em programas de universidades públicas, que, em poucos casos, chegam a oferecer bolsas para despesas extra-acadêmicas.
Os programas oferecidos pelas universidades são os de graduação e pós-graduação, sendo que o de graduação é o mais comum e mais procurado. Mas para que os estudantes possam participar dessa iniciativa, eles devem estar regularmente matriculados, ter um desempenho acadêmico bom, ter cursado pelo menos 40% da carga horária do curso, não estar no último semestre e ter conhecimento da língua do país de destino. 
Além de programas de intercâmbios, algumas instituições oferecem programas de bolsas. As bolsas possuem o mesmo processo, mas oferecem aos alunos uma bolsa auxílio, que varia de acordo com o programa.
Para a agente de relações internacionais da USP, Denise Menegon Cristovam, os alunos interessados em fazer parte da graduação no exterior devem procurar uma universidade que proporcione a ele essa oportunidade. "Se o aluno faz esse intercâmbio pela instituição de ensino, além de ter a isenção das taxas escolares, poderá ter um retorno mais rápido da instituição", conclui.
Fonte: http://www.universia.com.br

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